Um dos casos de maior repercussão em gerenciamento de crises no Brasil foi o caso Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, mantida em cárcere privado por 100 horas no apartamento em que morava num conjunto habitacional em Santo André, no ABC Paulista, em 2008, pelo seu ex-namorado Lindemberg Alves, de 22 anos, que não aceitava o fim do relacionamento. No dia 13 de outubro de 2008, Eloá deixou o colégio e seguiu para sua casa acompanhada dos amigos Nayara, Victor e Iago para fazerem um trabalho de escola. Lindemberg invadiu o apartamento armado, mantendo os quatro como reféns, mas no mesmo dia libertou Victor e Iago. No dia seguinte, libertou Nayara. Entretanto, como parte das estratégias de negociação, a adolescente voltou ao apartamento na manhã de quinta-feira. No início da noite de sexta-feira, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) explodiu a porta e deteve Lindemberg. Antes da entrada da PM, o sequestrador ainda conseguiu balear Nayara e deu dois tiros em Eloá. A adolescente Nayara deixou o apartamento andando, enquanto Eloá, carregada, foi levada inconsciente para o hospital. A morte cerebral da vítima foi diagnosticada no fim da noite de sábado, dia 18 de outubro de 2008. Lindemberg Alves foi condenado por todos os 12 crimes pelos quais foi julgado. A pena foi de 98 anos e 10 meses de prisão. Posteriormente, a Justiça reduziu sua pena para 39 anos. (G1, 2023)[1]

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