Phineas Gage era um jovem americano de 25 anos que, em 1848, sofreu um acidente no qual uma barra de ferro de um metro atravessou seu crânio, mas ele não morreu. Sua mãe logo notou que parte da memória dele parecia prejudicada, apesar de o relato do médico dizer que a memória, a capacidade de aprendizado e a força motora de Gage terem sido inalteradas. Phineas foi um homem independente e funcional, tendo ido trabalhar como cocheiro no Chile. Os relatos indicam que foi através do trabalho, que suas habilidades sociais retornaram e ele estava cada vez mais reabilitado ao convívio. Em 1860, Phineas adoece, volta para a casa da mãe após começar a ter quadros convulsivos e falece em maio do mesmo ano.
Atualmente, o acidente de Phineas já foi simulado em computadores por pelo menos dois grupos de pesquisa. A análise mais recente, em 2012, estima que ele perdeu cerca de 15% de massa cerebral, tendo a barra de ferro levado parte do córtex e parte dos núcleos internos do cérebro. Isso justifica as alterações de comportamento e perdas de memória, afinal, foram danificadas regiões como o córtex pré-frontal, que é parte importante na tomada de decisões e planejamento (Pinchini, 2021).
Fonte: https://pintofscience.com.br/blog/o-curioso-caso-de-phineas-gage/. Acesso em: 23 jan. 2024.
Gage já era adulto quando o acidente aconteceu, mas, se fosse criança, talvez as alterações cerebrais teriam sido mais amenas. A criança está em processo de desenvolvimento cerebral e tem neuroplasticidade favorecida pela idade, e seu aprendizado ocorre numa velocidade maior quando comparado à velocidade de aprendizagem de um adulto.
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